sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O dia em que descobri o infinito

Hoje descobri que o infinito mora dentro de mim
De uma forma triste, mas descobri...
Descobri que só me movo porque ele existe,
que só me sinto porque ele existe
que só me chamo Rodrigo porque ele existe...

Mas no fundo, descobri também que ele existe porque eu existo
[também

Acho que,
O infinito é como o meu coração.
Ele bate
não sei se para mim, mas ele bate.
24 horas por dia, sem saber porque, mas ele bate
e graças a isso estou vivo

O infinito também.
Sua presença me fornece tudo que me compõe:
Ele me dá vontade de viver,
sentimentos,
e transforma o olhar em compreensão,
sem nem saber que o faz

Ah...
Descobri hoje que para se apaixonar basta existir!
que para se ter amigos basta colecionar momentos e guardá-los
[em um álbum de fotos
que para sonhar basta ter um coração que bate

Mas hoje eu também descobri que para chorar basta se apaixonar
que para sentir a solidão basta ter amigos
que para se decepcionar basta sonhar
Descobri que basta vivermos...
e que no infinito, alegria e tristeza não existem,
Rodrigo e pueira são as mesmas coisas
que no infinito, nada tudo é
porque é no infinito onde a vida se reproduz.

Hoje eu descobri o infito porque perdi alguém que amo
perdi para que o infinito me trouxesse ela devolta
e abrir denovo meu coração
Porque ele é infinito!

sábado, 8 de novembro de 2008

Sacrifício

Hoje fui esfaqueado pela incerteza,
pela cegueira de meus passos

A lâmina corre,
corre guiada pela fragilidade de meu corpo
a procura de algo sólido

É a incompreensão que a faca quer
É a ingratidão que o seu gume procura,
Não o grito de dor
Mas a serenidade do imaculado
A solidez do diamante que a vida colocou dentro de mim


E no silêncio que antecede o brilho no olhar
é possível ler:
"Turvos são nossos olhos"
escrito em sangue para os tolos
em vermelho púrpura para os anjos