terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Lole y Manuel



É uma dupla de flamenco muito famosa. Apesar disso, é engraçado como todos que a escutam pela primeira vez acreditam que esta super voz sai de um menino prodígio, mas na realidade ela vem de uma moça com muito mais de 10 anos.
A presente música se chama "El río de mi Sevilla" e faz parte do cd "El origen de la leyenda". Ela lembra a cidade de Sevilla, na Espanha, onde Dolores Montoya Rodríguez nasceu. Abaixo, um pouco da história de ambos:


Lole y Manuel es una pareja flamenca formada en 1972 por Dolores Montoya Rodríguez (Sevilla, 1954) y Manuel Molina Jiménez (Ceuta, 1948). Esta pareja fue el primer exponente de música flamenca dirigido a un público no exclusivamente flamenco y fueron precursores del nuevo flamenco.
Su primer álbum se produjo en 1975 con un título muy acorde con la realidad de España en aquel entonces, el álbum se llamó Nuevo día. El duo, que reconocía tener ciertas influencias hippy realizaba experimentaciones con la música, mezclando incluso música de la cultura árabe y letras que hablaban de paz, amor y flores. A partir del 1993 los dos miembros empiezan a trabajar por separado, realizando eventualmente conciertos y nuevas grabaciones.
La música de Lole y Manuel tiene varias apariciones en el cine, destacando su participación en la película Flamenco de Carlos Saura así como Kill Bill (volumen 2) de Quentin Tarantino.
La hija de su extinto matrimonio es Alba Molina, también artista. Actualmente Lole realiza algunas grabaciones de música andalusí.


Lole y Manuel - El río de mi Sevilla:


domingo, 17 de fevereiro de 2008

Brilho Oculto


Hoje ouvi uma estória muito bonita de um grande amigo meu, preciso compartilhá-la com todos!


Este amigo trabalha em uma editora cuja dona possui um filho com dificuldades (possui seus quarenta anos, mas uma idade mental de uma pessoa de 12). Apesar disso, ele também tem seu emprego na editora e seus admiradores: "Ele é um exemplo de vida para mim. Nunca o vi triste, está sempre a sorrir e a tratar todos com muita alegria. Na última vez em que estive lá estavam o diretor financeiro, o de RH e o admistrativo reunidos logo ao final da escada. De repente, o nosso protagonista invade a conferência com uma entrada teatral - desceu a escada aos saltos como se dois ou três degraus formassem um único apenas - e lá embaixo não se conteve e disse:"esse é o melhor lugar do mundo!!!" e seguiu com o seu sorriso pelo corredor".

Não tenho dúvidas de que muitos optariam por um aborto diante da notícia de que um filho com tais dificuldades está por vir. Mas por que matar tamanha alegria? É o exemplo cabal de que a felicidade não é algo para ser alcançado e sim vivido. Estamos sempre caçando-a com objetivos, como se esses fossem os responsáveis por nos satisfazer eternamente, e esquecemo-nos de como a vida é bela agora. É incrível como um corte de cabelo que não ficou bom ou então um apartamento longe da beira-mar impedem muitas pessoas de serem felizes. As pequenas coisas da vida estão sempre brilhando, basta sabermos notar isso. Há algo mais satisfatório do que olhar para o infito e sem motivo algum pensar: "como é bom viver"?


Para quem gostou da foto, ela é do fotógrafo brasileiro Renan Cepeda. Segue o site do mestre: http://www.renancepeda.com/

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

House of Sand and Fog


O tema é banal: uma mulher tentando reaver sua casa confiscada, mas os personagens são densos, todos com personalidades muito fortes. Agora, coloque todos eles em conflito; o resultado é um filme com conseqüências cada vez mais envolventes. Não é uma obra prima, mas recomendo.


Trailer:



site:
http://www.dreamworks.com/houseofsandandfog/


terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Aquilo que nos faz homens

Para aqueles que acordam com aquela super vontade de ir para a facul ou para o trabalho, aí vai um texto para fazê-los mudar de opinião.

"Há uma qualidade que não tem nome. Talvez seja "gravidade", mas a palavra não satisafaz. Porque essa qualidade pode existir junto à mais sorridente alegria. É a qualidade do carpinteiro que se planta diante de seu pedaço de madeira e o palpa e o mede, e, longe de tratá-lo às pressas, reúne toas as suas virtudes para trabalhá-lo."

e dessa qualidade surge o verdadeiro homem:

" Ser homem é precisamente ser responsável. É experimentar vergonha em face de uma miséria que não parece depender de si. É ter orgulho de um vitória dos companheiros. É sentir, colocando a sua pedra, que contribui para construir o mundo.

Querem confundir homens assim com os toureiros e os jogadores. Gaba-se o seu desprezo da morte. Mas eu dou bem pequena importância ao desprezo da morte. Se ele não tem suas raízes em uma responsabilidade aceita é apenas sinal de pobreza ou excesso de mocidade. Conheci um suicida moço. Não sei mais que desgoto amoroso o levou a colocar cuidadosamente um bala no coração. Não sei a que tentação literária cedeu calçando suas mãos de luvas brancas. Mas eu me lembro de ter sentido em face daquele triste espetáculo uma impressão que não era de nobreza, mas de miséria. Ali, atrás daquele rosto amável, sob aquele crânio de homem, não havia existido nada Apenas a imagem de alguma tola mocinha igual às outras.

Pensando nesse destino magro eu me recordo também de uma veradeira morte de home. A morte de um jardineiro, que me dizia: "Você sabe, às vezes, tabalhando, com a enxada na mão, eu suava. Minha perna doía com o reumatismo, e eu praguejava contra aquela escravidão. Pois olhe, hoje eu queria estar com a enxada na mão, trabalhando, trabalhando... Trabalhar com a enxada hoje me parece uma coisa bonita! A gente se sente tão bem, tão livre, quando está trabalhando a terra! E além disso, quem é que vai cuidar de minhas árvores, agora?" Ele deixava uma terra a cultivar. Deixava um planeta a cultivar. Estava ligado pelo amor a todas as terras e a todas as árvores da terra. Era ele o generoso, o prodígo, o Grande Senhor!"

É essa qualidade que não se pode nomear, é essa vontade de sugar de tudo toda a sua potência que nos diferencia como humanos (verdadeiros) e transforma o mundo.
Que elas possam cultivar toda a Terra (dessa vez com maiúscula)...

O trecho faz parte do livro "Terra dos homens", de Saint Exupéry.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Oldboy


Novamente, como este é o meu primeiro post, gostaria de deixar claro que pretendo utilizar este espaço apenas para recomendar alguns filmes. Não irei fazer uma análise profunda sobre a que corrente ele pertence ou sobre o brilhente papel que fulano interpretou, etc.
Espero que algo aqui possa lhes agradar

Dirigido pelo sul coreano Chan-wook Park, "Oldboy" é um marco para mim. O cinema tornou-se mais exigente depois dele. É um filme que leva os sentimentos de vingança e carinho ao extremo (paradoxal? eis toda a genealidade do filme). É a história de Oh-DeSu, que foi preso no dia do aniversário de sua filinha e mantido em cativeiro por 15 anos. Sem motivos aparentes, após esse longo período ele é libertado e vai em busca de explicações e de vingança. As cenas são fortes, mas brilhantes e te levam à loucura junto com o protagonista.

Abaixo, o trailer e o site oficial

site:

http://films.tartanfilmsusa.com/oldboy/

trailer:

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O segredo das estrelas

Agradeço às estrelas
por retornarem todas as noites para nos lembrar o quão pequenos nós
[somos.
Agradeço-as com aquele amor sincero e puro
que disputa espaço no mesmo coração confuso.
Confuso diante da verdade modestamente cintilada por elas
e da cruel distância que nos separa.
Será que a minha vontade ainda é tão pequena para alcançá-las?

O meu grito de socorro se desfaz incapaz no mesmo infinito que
[tentava combater.
Não tenho asas suficientemente grandes para alçar tamanho vôo
mas, de alguma forma o brilho dessses astros alcançou o meu olhar
e a verdade escorre pelo meu rosto
como o carinho casto que a mãe deposita sobre o recém nascido.

Sim, eu acabo de nascer novamente.
Nascer para uma vida inteira
manifestada no canto de um sorriso tímido:
é a vida que se revelou muito mais infinita do que o céu.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Magma


Como este é o primeiro post que faço, quero deixar claro que pretendo utilizar este espaço apenas para recomendar bandas que aprecio. Não vou me preocupar em fazer uma análise sobre cada uma,classificá-las em gêneros, etc; até porque não tenho o conhecimento necessário para fazê-lo.
Espero que possa sugerir algo que lhes agrade.

Para começar, gostaria de compartilhar com todos uma grande banda: Magma.
A música abaixo faz parte do CD "Attahk", o meu favorito deles, e se chama "maahnt (the wizards fight vs the devil)". O grupo é francês e são muito criativos - é interessante comentar que eles desenvolveram uma língua própria para as suas músicas!
Roubando um comentário de um fórum:
"O Magma é o criador do gênero zehul. Eles criaram uma língua própria, o cobaian e um conceito muito bem elaborado para criar suas músicas. Eis o conceito: a terra está em colapso e uns terráqueos fogem da Terra e vão para um planeta desabitado. Lá fundam o planeta cobaia, criam uma língua e inventam um estilo de música que funde o Jazz, música clássica, Rock e marchas militares. Tudo isso numa atmosfera opressiva e hipnótica."
O principal álbum deles, segundo a maioria, é "Mekanik Destruktiw Kommandoh", lançado em 1973.




O álbum Attahk foi lançado em 1977. Para quem quiser mais informações, aí vai o site:


http://www.seventhrecords.com/indexuk.html

sábado, 2 de fevereiro de 2008

O que sei sobre a vida?

Este trecho faz parte do livro "O vermelho e o negro". Achei-o particularmente criativo e achei que seria uma pena deixar de compartilhá-lo, principalmente porque ele cutuca indiretamente o âmago de nosso conhecimento: que sei eu sobre a vida? Eis o trecho:

"Uma efêmera (mosca) nasce às nove horas da manhã nos longos dias de verão, para morrer às cinco horas da tarde; como haveria ela de compreender a palavra noite?"

O que nos diferencia dessa mosca, que nunca poderá compreender a palavra "noite"? Será que também somos capazes de compreender o que significa a vida em sua totalidade? Vida carrega um significado muito mais profundo do que um simples sinônimo para a palavra existência e, infelizmente, o homem moderno esqueceu-se disso. Ele, a partir de uma super valorização da ciência, acredita compreender completamente o mundo e a si mesmo, demonstrando por A mais B que o ser humano é um agregado de moléculas de DNA, etc. Somos moscas que acreditam saber o que é noite após um minucioso estudo da órbita terrestre e que descobriram que a partir das 20h a luz solar será interrompida em parte do mundo. Isso não é conhecer o que é a noite, da mesma forma que o que temos feito até então não é conhecer o que é a vida. Só a compreenderemos vivendo, tendo humildade para evitar um ceticismo prepotente e perguntando-nos sempre: quem sou, de onde eu vim e para onde vou. Quem sabe assim, mesmo estando escrito no roteiro que nascemos às nove horas da manhã e que morremos às cinco horas da tarde, tenhamos força o suficiente para alçarmos vôo até o leste e ver o sol se pôr.







Limitações devem ser encaradas como obstáculos, nunca como barreiras. Se deixarmos o roteiro dizer quem somos nunca poderemos vislumbrar o céu noturno, descobrir o que a vida significa; o conhecimento de si próprio é a maior conquista que podemos ter.